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  • Non mi avete fatto niente Ermal Meta e Fabrizio Moro
  • Non mi avete fatto niente - Ermal Meta e Fabrizio Moro - 2018
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Original


A Il Cairo non lo sanno che ore sono adesso,
il sole sulla Rambla oggi non è lo stesso.
In Francia c’è un concerto, la gente si diverte,
qualcuno canta forte, qualcuno grida “a morte”.

A Londra piove sempre, ma oggi non fa male.
Il cielo non fa sconti, neanche a un funerale.
A Nizza il mare è rosso di fuochi e di vergogna,
di gente sull’asfalto e sangue nella fogna.

E questo corpo enorme che noi chiamiamo “Terra”,
ferito nei suoi organi dall’Asia all’Inghilterra.
Galassie di persone disperse nello spazio
ma quello più importante è lo spazio di un abbraccio.

Di madri senza figli, di figli senza padri,
di volti illuminati, come muri senza quadri.
Minuti di silenzio, spezzati da una voce:
“Non mi avete fatto niente.”

Non mi avete fatto niente.
Non mi avete tolto niente.
Questa è la mia vita che va avanti
oltre tutto, oltre la gente.

Non mi avete fatto niente.
Non avete avuto niente.
Perché tutto va oltre
le vostre inutili guerre.

C’è chi si fa la croce, chi prega sui tappeti,
le chiese e le moschee, gli imam e tutti i preti,
ingressi separati della stessa casa,
miliardi di persone che sperano in qualcosa.

Braccia senza mani, facce senza nomi,
scambiamoci la pelle, in fondo siamo umani.
Perché la nostra vita non è un punto di vista
e non esiste bomba pacifista.

Non mi avete fatto niente.
Non mi avete tolto niente.
Questa è la mia vita che va avanti
oltre tutto, oltre la gente.

Non mi avete fatto niente.
Non avete avuto niente.
Perché tutto va oltre
le vostre inutili guerre,
le vostre inutili guerre.

Cadranno i grattacieli, le metropolitane,
i muri di contrasto, alzati per il pane.
Ma contro ogni terrore che ostacola il cammino
il mondo si rialza col sorriso di un bambino,
col sorriso di un bambino,
col sorriso di un bambino.

Non mi avete fatto niente.
Non avete avuto niente.
Perché tutto va oltre
le vostre inutili guerre.

Non mi avete fatto niente.
Le vostre inutili guerre.
Non mi avete tolto niente.
Le vostre inutili guerre
Non mi avete fatto niente.
Le vostre inutili guerre.
Non avete avuto niente.
Le vostre inutili guerre.

Sono consapevole che tutto più non torna.
La felicità volava
come vola via una bolla.

Tradução


No Cairo, não sabem que horas são agora,
o sol na Rambla hoje não é o mesmo.
Na França há um concerto, as pessoas se divertem,
alguém canta alto, alguém grita “até à morte”.

Chove sempre em Londres, mas hoje não faz mal.
O céu não faz exceções, nem num funeral.
Em Nice, o mar está vermelho de incêndios e de vergonha,
de pessoas no asfalto e sangue no esgoto.

E este corpo enorme que chamamos "Terra",
ferido nos seus órgãos da Ásia à Inglaterra.
Galáxias de pessoas espalhadas no espaço
mas o mais importante é o espaço de um abraço.

De mães sem filhos, de filhos sem pais,
de rostos iluminados, como paredes sem quadros.
Minutos de silêncio, quebrados por uma voz:
"Vocês não me fizeram nada."

Vocês não me fizeram nada.
Vocês não me fizeram nada.
Esta é a minha vida que continua
além de tudo, além das pessoas.

Vocês não me fizeram nada.
Vocês não tiveram nada.
Porque tudo vai além
das vossas guerras inúteis.

Há quem faça o sinal da cruz, quem reze no tapete,
as igrejas e mesquitas, os imãs e todos os padres,
entradas separadas da mesma casa,
biliões de pessoas à espera de alguma coisa.

Braços sem mãos, rostos sem nomes,
vamos trocar de pele, afinal somos humanos.
Porque a nossa vida não é um ponto de vista
e não existe nenhuma bomba pacifista.

Vocês não me fizeram nada.
Vocês não me tiraram nada.
Esta é a minha vida que continua
além de tudo, além das pessoas.

Vocês não me fizeram nada.
Vocês não tiveram nada.
Porque tudo vai além
das vossas guerras inúteis,
das vossas guerras inúteis.

Cairão os arranha-céus, os metros
as paredes de separação, levantadas por causa do pão.
Mas contra qualquer terror que esteja no caminho
o mundo se realça com o sorriso de uma criança,
com sorriso de uma criança,
com sorriso de uma criança.

Vocês não me fizeram nada
Vocês não tiveram nada.
Porque tudo vai além
das vossas guerras inúteis.

Vocês não me fizeram nada.
As vossas guerras inúteis.
Vocês não me tiraram nada.
As vossas guerras inúteis.
Vocês não me fizeram nada.
As vossas guerras inúteis.
Vocês não tiveram nada.
As vossas guerras inúteis.

Estou ciente de que nada volta.
A felicidade voou
como uma bolha voa para longe.